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SER GESTOR É PENSAR GRANDE

Num mundo capitalista, competitivo, individualista, fica muito difícil de uma criatura qualquer priorizar o bem comum em sua vida, pois estará fadado a morrer na miséria. Uma pessoa quando nasce dá início a uma vida cheia de sonhos e realizações – seu objetivo é vencer na vida e ser feliz.

Os tempos mudam e a cada evolução social, a cada geração que cresce, o caminho que percorremos para o sucesso profissional e pessoal vem se tornando mais reto, mais definido. Criamos nossos filhos para competir e vencer.

Ainda assim, em meio ao capitalismo selvagem, algumas criaturas de Deus insistem em dedicar as suas vidas a lutar pelo bem comum integralmente – são os políticos, os padres, os pastores etc. Outros, com vocações específicas, acabam se tornando juízes ou policiais – e todos esses conseguem sobreviver.

Priorizar o bem comum não é para qualquer um. Algo dentro de você fala mais alto que a razão, mais alto que a lógica e qualquer realização pessoal. São pessoas iluminadas, evoluídas, de alma nobre.

Nesse verdadeiro exército de gente do bem, um seleto grupo nos chama a atenção, porque se dedica ao bem comum de forma quase que anônima. São os gestores de  instituições de natureza pública, de órgãos representativos de classes ou categorias profissionais, de ONGs ou entidades de utilidade pública.

São pessoas que abdicam de suas realizações pessoais em prol de seus representados ou de sua entidade. O sujeito se anula para ser gestor de uma instituição dessa natureza – esse é o seu papel. Em outras palavras: são heróis anônimos, porque a vitória é sempre de todos.

Gente assim é gente que pensa grande – na coletividade. Querem o bem para todos, indiscriminadamente. Por isso suas atitudes ganham visibilidade, porque esses gestores atendem aos anseios de quase todos.

Quem dirige uma entidade dessa envergadura é porque já contempla a vida através de uma visão privilegiada, de quem está no topo da montanha. Entretanto, vale lembrar que para chegar ao cume da montanha é necessário percorrer todo o tortuoso caminho, com subidas íngremes e perigosas e quedas quase que fatais. Quem tem essa visão da vida, fez por merecer.

Não são visionários, apenas enxergam mais longe e conseguem ver todo o cenário. Como estão no pico mais alto, fica mais fácil prever as tendências e mudanças de tempo. Por outro lado, se são pessoas que pensam grande, é natural que se sintam em casa ao lidarem com cenários maiores e mais complexos.

Parabéns a todos esses gestores dessas instituições, todos que desempenham o seu papel com a grandeza de espírito que a função exige, sem pactuar com injustiças e sem privilegiar ninguém – apenas pautando sua gestão no ideal do bem comum.

Para realizar uma boa gestão em órgãos dessa natureza, o gestor deve ser desprovido de ego. A palavra “narcisismo” não encontra espaço no perfil desse dirigente. Lembre-se que esse gestor é aquele indivíduo que renunciou aos seus interesses pessoais pelos ideais do bem comum. Essa pessoa, quando encara um desafio desse porte, vive intensamente essa oportunidade e esquece até dele próprio.

Esse gestor, normalmente, já é um empresário bem sucedido. É proativo e dinâmico, além de trabalhar incansavelmente. É uma pessoa de atitude, que faz acontecer por onde passa.

Esse texto é dedicado a esses heróis anônimos que lutam pelas bandeiras de suas Instituições.

Na verdade, o mundo precisa de mais pessoas assim e que seus exemplos sirvam de inspiração para que novas criaturas iluminadas se multipliquem por esse Planeta.

Por Maurício Luz

MAURÍCIO LUZ
Presidente do SESCON/RJ

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