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Cardiologia: A Prevalência e a Prevenção das Doenças Cardiovasculares no Mundo dos Negócios

As doenças cardiovasculares (DCVs) são a principal causa de morte global, com uma prevalência alarmante que também afeta o Brasil. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), as DCVs são responsáveis por cerca de 31% das mortes no mundo. No Brasil, as estimativas apontam que essas doenças afetam aproximadamente 400 mil pessoas anualmente, refletindo um problema de saúde pública significativo.

Os principais fatores de risco para as DCVs incluem hipertensão arterial, diabetes, obesidade, sedentarismo, e uso excessivo de álcool e tabaco. Esses fatores são frequentemente exacerbados pelo estresse e pelos estilos de vida intensos associados ao ambiente empresarial. A pressão alta, por exemplo, é uma condição comum entre empresários, muitas vezes relacionada ao estresse constante e a dietas pouco equilibradas.

O diabetes é considerado fator de risco independente e aumenta em até 30 vezes o risco de infarto quando comparado a pacientes não diabéticos . Um sinal de alerta que seu lado metabólico não anda bem , é a presença de gordura abdominal , principalmente quando se inicia no andar superior do abdômen , tornando se altamente sugestivo de gordura intra visceral ( no fígado e no pâncreas ) , gerando resposta inflamatórias que levarão ao processo de aterogênese … a caminho do infarto.

Além dos riscos tradicionais, as doenças cardíacas têm se mostrado uma preocupação crescente após a pandemia de COVID-19. Estudos indicam que pacientes que tiveram COVID-19 estão mais propensos a desenvolver complicações cardiovasculares, como miocardite e problemas de coagulação. A vacina contra a COVID-19, embora eficaz na prevenção da doença, também foi associada a casos raros de miocardite, especialmente em jovens. No entanto, os benefícios da vacinação superam amplamente os riscos, e a proteção contra formas graves do vírus reduz significativamente o risco de complicações cardíacas.

A prevenção continua sendo a estratégia mais eficaz para enfrentar as DCVs. Adotar um estilo de vida saudável é crucial. Isso inclui a prática regular de exercícios físicos, uma dieta equilibrada, controle do estresse e monitoramento regular da saúde. A integração de práticas de bem-estar no ambiente de trabalho, como programas de saúde corporativa e incentivos para atividade física, pode contribuir para a redução da prevalência dessas doenças entre os empresários e suas equipes.Atitudes simples como usar as escadas para acessar seu local laboral , pode ser muito eficaz no condicionamento cardiovascular.

A reposição hormonal traz riscos à saúde cardiovascular ? Nas mulheres vemos que não devolve a proteção conferida pelo hormônio produzido pelos ovários, mas também não agrava . E no caso dos homens ? A testosterona atualmente usada é de longa duração , e geralmente prescrita com intervalo mínimo de 2 meses , conforme individualização. Não há problema seu uso, devendo ser acompanhado por um médico que monitorará a pressão arterial ,colesterol, além de função renal e hepática  É recomendado estratificação do risco cardiovascular e a partir de seus resultados , ajustar parâmetros de segurança e condicionamento , a realização anual , de Teste de Esforço para pessoas com baixa probabilidade de risco pré teste .Além de acompanhamento da próstata através do exame de sangue ( PSA) e toque.

É importante salientar que a atividade física deve ser no mínimo por três vezes na semana , por 50 min , e composto por exercícios aeróbicos e resistidos com carga.

Em resumo, a prevalência das doenças cardiovasculares é uma preocupação global e nacional que exige atenção especial no contexto empresarial. A conscientização sobre fatores de risco e a promoção de hábitos saudáveis são essenciais para a prevenção e manutenção da saúde cardiovascular.

Por Martha Cardoso

Dra. Martha Cardoso
Docente na cadeira de Clínica Médica na faculdade de medicina da universidade Estácio de Sá; Doutoranda na Universidade Beira Interior – Portugal; Gestora de saúde complexo hospitalar parque Mambucaba; Ex secretária de Saúde em Paraty; Ex presidente da sociedade
de cardiologia do estado do Rio de Janeiro – seccional Sul Fluminense; Gerente médica nos jogos olímpicos e paralímpicos na Rio 2016

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